Por que a amêndoa ajuda a emagrecer?
Se as amêndoas, castanhas e nozes passam longe do seu
cardápio por causa das calorias, você não sabe o que está perdendo. Essas
delícias fazem parte do seleto grupo das frutas oleaginosas, que, além de
carregarem muitos nutrientes, podem ser excelentes parceiras na hora de
emagrecer. Estudos indicam que, quando aliadas a uma dieta, essas castanhas
auxiliam na perda de peso, pois são ricas em gorduras monoinsaturadas,
responsáveis por manter o nível de açúcar no sangue estável e ativar o
metabolismo da queima de gorduras.
O mais recente deles, publicado na revista norte-americana International
Journal of Obesity, comparou os efeitos de uma dieta para emagrecer enriquecida
com amêndoa a uma mais tradicional, suplementada com carboidratos complexos. O
grupo que comeu amêndoa não só obteve mais sucesso na redução do peso e do
total de gordura corporal como também teve mais facilidade em manter a perda de
peso durante o tempo estudado.
Nova arma da dieta
Lançar mão das gorduras do bem para emagrecer é um recurso
cada vez mais defendido por especialistas no mundo todo. O treinador físico
Jorge Cruise, autor do best seller norte-americano Boa Forma em 8 Minutos pela
Manhã (editora Frente), defende que, por equilibrar o nível de insulina
liberada pelo pâncreas, essas gorduras ajudam a converter os estoques de
gordura corporal em energia. Além disso, os especialistas são unânimes ao
classificá-las como ótimas moderadoras de apetite. “Ao comer nozes antes da refeição, você se sente saciado
mais rápido e por mais tempo”, escreve o médico norte-americano Michael Roizen,
autor dos best sellers Idade Verdadeira e A Dieta da Idade Verdadeira (Editora
Campus).
A amêndoa é saudável?
A família das castanhas é muito rica em nutrientes. Na lista
de seus componentes benéficos entram fibras, proteína, cálcio, ferro, potássio,
zinco, selênio, vitamina E, ácido fólico, entre outros. A castanha-do-pará, por
exemplo, já ficou famosa por seu alto teor de selênio, mineral que atua no
equilíbrio da tiroide (evitando oscilações de peso), previne tumores, fortalece
o sistema imunológico e protege contra a ação dos radicais livres. “Uma
castanha-do-pará por dia supre todas as necessidades de selênio do organismo”,
garante Vanessa Coutinho, coordenadora da pós-graduação em nutrição esportiva e
clínica da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro.
Já amendoim, amêndoa e pistache são boas fontes de proteína e não devem faltar
na alimentação de quem não come carne. O zinco, presente especialmente na
castanha-do-pará e de caju, tem papel fundamental na produção de glóbulos
brancos; magnésio, encontrado na maioria dessas castanhas, ajuda a controlar a
pressão e a reduzir sintomas da tensão pré-menstrual; sem falar no potássio,
que dá uma mãozinha ao desenvolvimento dos músculos. As gorduras
monoinsaturadas presentes nesses alimentos também são uma vantagem e tanto.
Elas reduzem o nível de colesterol ruim e aumentam o HDL, o colesterol do bem,
responsável por limpar as artérias. Por isso, elas são armas poderosas para
afastar as doenças cardíacas. Uma pesquisa norte-americana revelou que duas
colheres de sopa de nozes por dia é capaz de reduzir em 13% o nível total de
colesterol. “Cada 1% do colesterol reduzido significa 2% a menos de risco de doenças
cardiovasculares”, diz Liliana Bricarelo, nutricionista da Universidade Federal
de São Paulo. Mas não se esqueça de que, mesmo sendo do bem, essas gorduras
carregam muitas calorias. Um pacotinho de 100 gramas de amendoim ou castanha de
caju, por exemplo, vale o mesmo que um Big Mac. Nem é preciso dizer que,
consumidas em exagero, acabam como estoque de gordura. Por isso, o recomendado
é comer as castanhas no lugar de outro alimento, não apenas adicioná-las à
dieta.
Para quem quer usufruir dos benefícios das oleaginosas e ainda perder peso, a
amêndoa é mesmo a melhor opção. Além de ser rica em nutrientes, 12 unidades têm
menos de 100 calorias. O ideal é consumir essa porção ao longo do dia (quatro
unidades no lanche da manhã, quatro no lanche da tarde e quatro antes de
dormir, por exemplo). Já a macadâmia é a menos indicada: uma dúzia tem 200
calorias. E cuidado com o amendoim: mal armazenado, pode conter uma toxina
cancerígena. Qualquer que seja a sua escolha, o melhor é consumir as
oleaginosas cruas. Se não gostar, uma boa alternativa é torrá-las em casa, pois
o calor do forno não é suficiente para tirar os benefícios dos nutrientes nelas
contidos. Para preservá-las, conserve em lugar seco e em recipiente fechado.
Prefira as comercializadas in natura, se forem industrializadas ou processadas
fique atenta ao rótulo, se tiver sido acrescentados conservantes ou sódio ela
já tem seus benefícios diminuídos. Bom apetite!!!!
Fonte: Revista Boa Forma